Errando em pensamentos
do meu íntimo interregno
me acho no meu eu
e no teu cáis
te sinto ora abstrato mar
ora concreto leme a
“conduzir teus barcos a
bom porto”
e cá...
te sonho entre o ócio
dos salões a navegar...
imagem difusa entre a fumaça
e a brisa das manhãs
talvez do Tejo
das barricadas de Luanda
ou uma roda nordestina de Ciranda
por que me aflijo e me consumo?
por que buscando o teu cenário
nas Cruzadas Medievais
sob pesado elmo
já te encontro cá
na alegria dos nossos carnavais?
finalmente
me confundes
não sei quem és
és o silêncio
o dedo em riste
o abraço largo que me acolhe?
a lauda em branco da minha tentativa
o severo e duro olhar que tolhe
a hora que não há?...
és o sorriso doce e complacente no olhar?
a maré mansa e morna
que acolhe meu banho nu
como mil suaves mãos no Atlântico de cá?
o teu não-ser
o teu silêncio qual perfil
de longínqua montanha envolta em brumas
se constituem meu delírio
és um solfejar...ainda não uma canção
és somente a doce idéia
que migrou suavemente ao coração...
Este espaço foi criado para me aproximar das pessoas que têm interesse pela poética, como um mundo de possibilidades a ser conhecido, inclusive, relacionando-o com as chamadas "exatas", que, veremos, não são tão exatas assim. Contém o meu pensar sobre cultura, ciência e sua relação com o mundo, e a chance de um olhar mais amplo sobre ele e suas questões. Está aberto aos comentários, às opiniões divergentes, às discussões e a tudo que nos permita essa amplitude.
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