Os números...
Hoje pela manhã,
tomava calmamente o meu cafezinho descafeinado e fumegante, enquanto pensava no
significado nada ortodoxo que os números têm para mim... sempre tive uma
percepção algo esquisita sobre eles, mas essas reflexões me vieram à mente mais
uma vez, hoje, porque, como sempre faço todas as noites, dei uma olhada no meu
blog e vi o número de votos que, milagrosamente, ainda está sendo registrado,
uma vez que a votação para um concurso foi encerrada e os três finalistas
escolhidos. Devo dizer que valorizo muito o fato de votarem em meu blog, porque
isso se traduz num retorno, que é um incentivo ao meu empenho para escrever
mais, buscando imprimir sempre mais sensibilidade e qualidade aos textos.
Bem...voltemos
aos números e à impressão estranha que me causam... aguda sensação de que
quinhentos e quarenta ou setenta ou noventa, não importa, é maior que
seiscentos; que setecentos e trinta ou quarenta ou oitenta é maior que
oitocentos e por ai vai. Posso explicar: os zeros me dão a ideia de imprecisão,
e não, de infinitude...
Sei que isso
poderá parecer incompreensível, incongruente; aliás, me perdoem os matemáticos,
mas isso é muito forte e vivo em minha imaginação, embora me encante o ifinito;
não gosto de nada fechado e os zeros me dão essa forte impressão... .até
porque, mesmo que o zero não seja um conjunto vazio, e sei que não é, ele é a
representação de algo concluído e com restrição ao infinito; elemento de um
universo que pressupõe limite, e a representação numérica sem ele me dá a
sensação de muitas possibilidades, de caminhos e de caminhar...Deve ser essa
forte sensação de transitoriedade que vejo em tudo, mesmo nos infinitos...
Mas não pensem
que não sei ou deixe de valorizar a importância que o zero tem, estando à
direita no meu salário, por exemplo... ali, aceito tantos zeros quantos
quiserem acrescentar...