quarta-feira, abril 17, 2019

Antonio luso. Guacira Maciel


Hoje tive saudades
e vontade de lá chegar por acaso
e te encontrar
em frente ao cavalete
silencioso e absorto em teu parnaso
e te ler poemas…
um enigma que não tento desvendar
habitante encantado
do meu imaginário
te reconheço mas não sei quem és.
Suscitas em mim o indizível
e te prefiro assim assim te sinto
o mais puro ébano do Olimpo.
Ao ouvir meus passos
o humano te arrebata
então entre risonho e surpreso
fala mansa…
te levantas
e o tempo se sobrepõe ao eterno...
não quero tocar
o que não pode ser tocado
te quero assim
assim te quero
te quero longe
te quero luso
te quero deus...

2 comentários:

Sinval Santos da Silveira disse...

Querida Poetisa, Guacira !
Atentamente, absorvi cada letra deste texto.
Está encharcado de ternura, querendo fugir da
amargura de uma saudade de alguém, que não
creio, imaginário.
Embarquei, então, na beleza da Anfitriã...
Parabéns ! Que lindo poema !
Um fraternal abraço e um ótimo final de semana !
Sinval.

Guacira Maciel disse...

Obrigada, caro poeta Sinval.