Batido ao vento
barcos à deriva
sem âncoras
entremeados
da solenidade dos verdes
dos musgos agarrados aos cascos
como crustáceos à pedra
já não tem sentido o cais
ventos pagãos
roçam a tua tez
e saboreio nela a brisa escorrida
com cheiro de maresia
misturado ao teu arfar cansado
aceso
o hálito doce
impede-me o sono
atormentada anseio
por te ter na boca
à madrugada
pelas janelas escancaradas
como sinto teus poros
lavradas em cristal
penetram-me borbulhas de mar
antecipando o favo
e meus pés entrelaçados aos teu
cansados
mornos
divindade
casto
louco
Pousas
mergulhas
danças
avaporas-te
Este espaço foi criado para me aproximar das pessoas que têm interesse pela poética, como um mundo de possibilidades a ser conhecido, inclusive, relacionando-o com as chamadas "exatas", que, veremos, não são tão exatas assim. Contém o meu pensar sobre cultura, ciência e sua relação com o mundo, e a chance de um olhar mais amplo sobre ele e suas questões. Está aberto aos comentários, às opiniões divergentes, às discussões e a tudo que nos permita essa amplitude.
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Um comentário:
Linda poesia... mar, amor, barco, abraço... metáforas...
Valdeck Almeida de Jesus
www.galinhapulando.com
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