Busco o passo a passo do sentido
dos mil sentidos
da aparente perfeição
do corte da pedra que sou.
Ao olhar atentamente
percebo arestas imprecisas
vã
frágeis
imperfeitas.
Tento inutilmente submeter paixões
sentimentos
impulsos
meus desejos
impossível...
A alma se prepara para esculpir a pedra
mas se debate em desvãos desconhecidos.
Inconformada
passo então
a existir nas entrelinha
nos entre espaços
no imponderável.
Nessa travessia compulsória
sinto as dores das lembranças
rendilhando as minhas resistências
e conferindo-lhes tonalidades irreconhecíveis...
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