O frio era dilacerante
e meu corpo latejava tempestuoso
deitei-me de bruços sobre a areia quente
e absorvi o seu calor
precisava sentir dentro de mim
aquela quentura
a me escaldar até a alma
e precisava segurá-la
assim
permaneci quieta
respiração suspensa
o coração me invadiu
e virei apenas pulsação
havia me tornado meu eu interior
e tudo se tornou intimo
quente
pessoal
com uma calma sensação de infinito
estava desoladamente só
era eu a minha própria vertigem
à minha frente
pontos difusos se dissolviam
em ondas de calor
circundadas por uma aura
exalada pela água do mar
salgada.
Este espaço foi criado para me aproximar das pessoas que têm interesse pela poética, como um mundo de possibilidades a ser conhecido, inclusive, relacionando-o com as chamadas "exatas", que, veremos, não são tão exatas assim. Contém o meu pensar sobre cultura, ciência e sua relação com o mundo, e a chance de um olhar mais amplo sobre ele e suas questões. Está aberto aos comentários, às opiniões divergentes, às discussões e a tudo que nos permita essa amplitude.
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