Não...não é nada disso...eu não
tenho limites como ser humano; quanto aos limites físicos, quem não os tem? meu
corpo e minha mente me dão respostas fantásticas! para mim o que vale mesmo é
estar viva. Muitos morrem jovens e outros vivem muito, como se lhes estivesse
sendo mostrado algo maior, mas jogam a vida fora com coisas inúteis; eu nunca
tive fase do ter...nunca me preocupei com coisas dessa ordem, porque não tive
(e ainda bem...) uma criação que posta sobre a vida um olhar materialista, limitado e imediatista... Nesse sentido
sou monofásica, mas não monocromática; a única fase que conheço é a do construir, sempre. Sempre me
envolvi com os sentimentos e valorizei o amor; fui criada por um pai
maravilhoso e de alma pura, um artista; tive uma criação suave e amorosa, e
assimilei tudo isso, que, infelizmente, só explodiu depois que ele se foi; na
minha vida doméstica não houve violência.
Mas o meu desabafo é motivado pelo cansaço, pelo cansaço de perceber que até
hoje, quando um único país, cheio de pretensão e arrogância se acha com direito
de, com um simples toque, ameaçar o mundo com um final tão prosaico ou tão
estúpido, ainda existem pessoas que só pensam em guardar, em amealhar coisas
inúteis para o “futuro”... mas que futuro? e se ele não chegar? o que terão
feito por si mesmas, pelo que são, de verdade?
Eu estou falando desse cansaço de ver a inutilidade de tanto desamor, do cansaço meio sádico de chegar exausta e feliz depois de um dia de trabalho árduo em que minha mente é sugada até a ultima gota de seiva, realimentada por um curso fértil de conhecimento construído com determinação, e de ter enfrentado um engarrafamento desumano no trânsito desta cidade sem jeito, e ainda ver, perplexa, meu carro explodir em jatos de água e uma cortina de vapor quente... e eu não saber o que fazer...nesse sentido sou inútil...
Eu não vivo do discurso para sustentar uma tese fatalista, fugaz como aquele vapor...sou forte na minha fragilidade; resisto e recomeço! tenho muita gana de viver e ter experiências que me façam crescer e, sempre que possível, partilhar com os outros... eu quero amar; eu não desisto; eu amo estar viva. Ontem passou...hoje renasci junto com o sol.
Eu estou falando desse cansaço de ver a inutilidade de tanto desamor, do cansaço meio sádico de chegar exausta e feliz depois de um dia de trabalho árduo em que minha mente é sugada até a ultima gota de seiva, realimentada por um curso fértil de conhecimento construído com determinação, e de ter enfrentado um engarrafamento desumano no trânsito desta cidade sem jeito, e ainda ver, perplexa, meu carro explodir em jatos de água e uma cortina de vapor quente... e eu não saber o que fazer...nesse sentido sou inútil...
Eu não vivo do discurso para sustentar uma tese fatalista, fugaz como aquele vapor...sou forte na minha fragilidade; resisto e recomeço! tenho muita gana de viver e ter experiências que me façam crescer e, sempre que possível, partilhar com os outros... eu quero amar; eu não desisto; eu amo estar viva. Ontem passou...hoje renasci junto com o sol.
Não pretendo desistir de mim,
principalmente. Não vou fingir que está tudo bem, não vou ignorar as
sensações mais humanas e ao mesmo tempo mais sublimes que me são permitidas
sentir, e não vou permitir que me tirem essa vontade e esse encanto pela
vida...ninguém, nem eu mesma, tem esse direito, graças à consciência dos
direitos que reconheço em mim como mulher e ser humano... eu não tenho medo da
vida nem das pessoas...o que me faz humana e me diferencia do monstro (porque os
bichos são maravilhosos e tão ou mais conscientes que muitos de nós), é essa
consciência da importância de ser parte de algo maior e sempre novo, e de partilhar
essa percepção...
Me desculpem, não quero entender o egoísmo - e o medo - que alguns têm em
dividir o que lhes foi dado de melhor, a sua alma e um coração que, muitas
vezes, pula louco pra se mostrar e se derrete no peito, mas é ignorado e submetido...isso não é viver...
Um comentário:
isso não é viver...
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Ou será um viver sem VIVER.
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Felicidades
Manuel
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