Salvo a dor que gritas
por entre contornos
de entrelaçados braços fortes
de um gigante egoísta
és bela
Mont Serrat e São Marcelo
trompas
que sua baía
útero fundo e fértil
onde amniótico líquido quente
aquece e alimenta filhos inaceitos nascidos órfãos
abraçam sem saída
tua brisa secular e própria
que penetra velas como ventres
não se esvai; é começo e finalização.
cidade luz e lodo
Água de Meninos orgia bacante
de cheiros sons sorrisos medos
Pelô de torturas e turistas sub deuses
onde pisando “cabeças de nego”
consomem preciosas e nativas prendas
Salvador trilhos urbanos
mapa da fome e desabrigo
relação mestiça
sensível como ponto dolorido.
sensível como ponto dolorido.
5 comentários:
Cá estou, nesse mundo de contraste.
Ora lindo, ora triste.
Muitas vezes deprimente.
Tem o seu lado contagiante do bom e o do péssimo.
Estou a caminhar procurando as coisas belas, as feias nós vemos por toda a parte.
Que pelas palavras, minha querida Guacira.
Um beijo
É isso, de um lado a imponência dos fortes de São Marcelo e Mont Serrat embelezando as águas tranquilas da Baia de Todos os Santos. Do outro lado, essa tristeza, esse olor traduzidos pelo aluvião da Feira de são Joaquim e ao meio as pedras do Pelô. -E Zé povinho? -.... -kkkkk
Sua menina danadinha que porreta seu texto, viu? Há de se ler e fazer reflexão...
A vida segue e o contraste também a galope, repare... kkkkkkkk
O Sibarita
Tento não gostar de Salvador por vários motivos...inclusive desamores, mas não consigo,essa terra me encanta e você,Guacira, me reencantou.Obrigado pela linda escrita.
Tento n gostar de Salvador por vários motivos, inclusive desamores q são daí, mas n consigo, o encanto me persegue e vc me reencantou.Obrigado e linda escrita.
Olá, Daudau, Obrigada pela visita e comentário.
A Salvador não pode ser imputada essa culpa...os desamores são próprios da nossa natureza humana.
Busque outro amor que possa encantá-lo.
gpoetica
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