Existem coisas que precisam ser ditas quando chegado o momento, embora nem sempre as possamos dizer diretamente a quem se destinam, por proteção, por um poderoso sentimento que é o instinto de preservação. Os embates não se fazem necessários. Aqueles que têm o “poder” fortalecendo e apoiando suas atitudes inumanas, desumanas e rasteiras, facilmente podem caluniar, perseguir, aniquilar, anular o outro. Porém, esquecem que a luz das pessoas continua a brilhar sob as suas próprias cinzas; ela é indestrutível, porque inerente à sua condição. E essas atitudes são, tão somente, um demonstrativo de covardia, de medo, de reconhecimento das próprias limitações. “Se você não pode com o inimigo, junte-se a ele”? não, se você pode aniquilá-lo; pisá-lo, e sordidamente retirá-lo do caminho para que ele não continue a lhe mostrar suas fraquezas, suas limitações, sua fragilidade, suas dificuldades ( e até sua incompetência)... Juntar-se a ele seria até uma demonstração de grandeza de espírito, de humildade e poderia ser positivo. Mas o que algumas pessoas não conseguem compreender é que essa condição só mostra o quanto todos somos humanos, imperfeitos e frágeis; inclusive os “poderosos”, claro!, e que não há necessidade de esmagar o outro, para demonstrar a própria sabedoria. Não existe nenhuma possibilidade de alguém ocupar o lugar que não lhe pertence, porque, não fosse a lei da Física em que cada corpo só pode ocupar um lugar no espaço, cedo ou tarde seria desmascarado; assim, cada um só ocupará, unicamente, o próprio lugar.
Existe atualmente um discurso já tão repetido, que vem se tornando um jargão vazio, uma bandeira esfarrapada, que é o discurso da inclusão, do respeito à diversidade; porém, parece não haver nenhum entendimento de que o preconceito não se refere, apenas, à cor da pele, à opção sexual, ao gênero...Também existe o preconceito intelectual, o preconceito contra a condição que tem o outro de ser criativo, competente, o preconceito contra o pensamento divergente, que é tão devastador, tão mesquinho, e faz tanto mal quanto qualquer outro.
Há pessoas que, mesmo tendo excelente nível de escolaridade - o que não implica em nível cultural de alto padrão - que não conseguem ir além, que não conseguem escapulir das bitolas, dos limites, parecendo ser ofensivo a simples condição de alguém que não tem o mesmo nível acadêmico, mas pode ser competente, ter mais facilidade de percorrer caminhos outros; aqueles que margeiam as grandes estradas da sabedoria; aqueles que sobrevivem tão belamente nos desvãos, nas entrelinhas, na reimaginação, naquele confortável e doce “entre-lugar”, como diria Renato Rosaldo, que vivem nas “zonas de diferenças”, mas que, e por isso mesmo, se constituem um manancial de possibilidades... Pessoas assim são consideradas polêmicas, e até “criadoras de caso”, o que, cá pra nós, pode ser muito bom, muito saudável... Só polemiza quem pode, quem pensa e tem lastro, quem tem base e argumentos para sustentar uma discussão, e essa condição não pode ser vista como desrespeito, como desarmonia, mas ser enriquecedora; não deve ser encarada como usurpação do poderzinho ao qual algumas pessoas se apegam, vivendo em estado de epifania, como se fora um direito só concedido aos que ostentam a coroa naquele fugaz momento em que se sentem ungidos pelos deuses do poder.
Existe atualmente um discurso já tão repetido, que vem se tornando um jargão vazio, uma bandeira esfarrapada, que é o discurso da inclusão, do respeito à diversidade; porém, parece não haver nenhum entendimento de que o preconceito não se refere, apenas, à cor da pele, à opção sexual, ao gênero...Também existe o preconceito intelectual, o preconceito contra a condição que tem o outro de ser criativo, competente, o preconceito contra o pensamento divergente, que é tão devastador, tão mesquinho, e faz tanto mal quanto qualquer outro.
Há pessoas que, mesmo tendo excelente nível de escolaridade - o que não implica em nível cultural de alto padrão - que não conseguem ir além, que não conseguem escapulir das bitolas, dos limites, parecendo ser ofensivo a simples condição de alguém que não tem o mesmo nível acadêmico, mas pode ser competente, ter mais facilidade de percorrer caminhos outros; aqueles que margeiam as grandes estradas da sabedoria; aqueles que sobrevivem tão belamente nos desvãos, nas entrelinhas, na reimaginação, naquele confortável e doce “entre-lugar”, como diria Renato Rosaldo, que vivem nas “zonas de diferenças”, mas que, e por isso mesmo, se constituem um manancial de possibilidades... Pessoas assim são consideradas polêmicas, e até “criadoras de caso”, o que, cá pra nós, pode ser muito bom, muito saudável... Só polemiza quem pode, quem pensa e tem lastro, quem tem base e argumentos para sustentar uma discussão, e essa condição não pode ser vista como desrespeito, como desarmonia, mas ser enriquecedora; não deve ser encarada como usurpação do poderzinho ao qual algumas pessoas se apegam, vivendo em estado de epifania, como se fora um direito só concedido aos que ostentam a coroa naquele fugaz momento em que se sentem ungidos pelos deuses do poder.
Todos têm o direito à liberdade de pensamento, à criatividade, à liberdade de se expressar. Que educadores, que professores, que pais somos nós, afinal? Seria através dessas posturas, dessas atitudes que pretendemos orientar os nossos jovens?
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